Amy Winehouse morre, uma morte supostamente esperada por fãs e não-fãs.
Digo supostamente, porque eu, como fã incondicional que sou dela, guardava no meu íntimo a esperança de que ela voltaria a ser a garota linda e cheia de ilusões que pisou numa gravadora, aos 18 anos, carregando uma guitarra e muitos sonhos, um sorriso aberto e ingênuo no rosto e uma vontade louca de mostrar ao mundo toda a genialidade que ainda dormia dentro de seu ser.
Viveu uma vida intensa e curta,como costuma ser a vida dos mitos.
Foi imolada viva, e ao vê-la no palco, indefesa, sofrida e à mercê de si mesma, frágil e dependente de sensações que esse mundo não pode lhe dar, me sentia triste; triste e impotente diante dela.
Queria poder ter-lhe estendido a mão, e olhando nos seus olhos lhe dizer que aquela vida era só sua, e que sua vida não era apenas a letra de uma música qualquer... Não!
Aquilo ali era vida real, era a sua vida, desmoronando em frente às câmeras, ao som do soul/blues mais profundo e real que alguém jamais sonhou ouvir.
Suas quedas no palco eram aplaudidas como se fora parte do show... A triste e deprimente imagem de seu corpo anoréxico levava o público ao delírio(triste constatação), e eu não conseguia entender de onde vinha aquela força para cantar... Ou melhor, sabia sim.
Amy cantava com a alma...
Creio no mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender... O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... Eu não tenho filosofia; tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar... Fernando Pessoa
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